quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Capítulo 3 - França VS Japão - fanfiction "História Inesquecível"

Eu tinha convidado o Pierre para vir conhecer pessoalmente a selecção japonesa, mas antes disso, os dois decidimos ir dar uma corrida pelos campos de França, os mais lindos que eu já havia visto, os meus olhos deliciavam-se com todo aquele verde recheado de pequenas pétalas coloridas e o cheiro agradável que provinha das belas flores que emergiam desses campos. Não era só o campo florido que me roubava a atenção, aquele olhar sereno da cor do Mar também prendia os meus olhos e o meu coração palpitava sentindo-os postos em mim, os seus cabelos loiros balançando ao mesmo ritmo do vento, ele parecia uma príncipe no seu lindo cavalo branco…
Mal tinha dado pelo tempo passar, e já se fazia tarde, o meu irmão ia ter um jogo importante, mas eu não sabia com quem ou contra quem ele ia jogar, por pura coincidência o Pierre também tinha uma partida bastante importante, ambas eram para o Mundial Juvenil, será que…? Não… ele não ia jogar contra o meu irmão. Não hesitei, as palavras saiam naturalmente sem nenhum impedimento devido ao bater acelerado do meu coração, eu não me costumava deixar levar pelos sentimentos nestas alturas por isso era bastante fácil falar com ele, acho que tinha herdado isso do meu irmão. Mesmo que eu me sentisse um pouco atraída, era fácil manter um diálogo interessante com ele.
Os meus lábios moviam-se sem preocupação alguma: Contra quem vais jogar hoje?
Ele fez um trejeito, mas o seu sorriso veio logo a seguir inundando o seu rosto, os seus olhos também ficaram cheio de brilho e ele finalmente disse olhando para a gramagem verdejante: Adivinha… contra o teu irmão, vou jogar com o Japão.
Assim que ele proferiu aquelas palavras os meus olhos arregalaram-se e os meus lábios formaram um “O” perfeito, eu havia ficado admiradíssima: O quê? – Perguntei eu num tom que mais parecia ter acabado de receber uma notícia horrível, o tom da minha voz era escandalizado, mas eu não conseguia esconder a minha surpresa.
- É verdade – disse ele fechando os olhos, para sentir o vento a embater no seu rosto.
Aquilo fez com que eu não pudesse desviar o meu olhar do ser majestoso que estava à frente dos meus olhos… foi ai que me dei conta das horas e a partida mais aguardada daquele dia era dali a 2 horas… Eu queria ver o meu irmão a jogar noutro país, devia ser um mimo, eu orgulhava-me imenso do meu irmão, a coragem que ele tinha era admirável.
- Pierre – disse eu interrompendo o seu momento de concentração no vento – temos que nos despachar, para te apresentar antes da hora do jogo, temos de sair daqui imediatamente.
- Pois tens razão, vai mais uma corrida - Disse ele com um sorriso meio tresloucado, movimentando as rédeas, arrancou a galope percorrendo todo o campo, enquanto eu fiquei espantada a olhá-lo… o quão belo ele era.

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Lá íamos nós, galopando contra o vento, sentindo a brisa amena que se espalhava por toda à parte, e passando por montes de campos verdes, França era realmente espantosa e bela, tal como ele, uma caixa de surpresas. Após o longo caminho que fizemos até à casa onde eu ficaria e onde já estavam instalados os outros jogadores da selecção nacional, fomos recebidos com o maior dos sorrisos, eu ainda não possuía as chaves da casa, mas o meu irmão havia prometido que mais cedo ou mais tarde uma cópia das mesmas ia permanecer nas minhas mãos.
Ao ver a cara de espanto da Sanae, eu decidi dissolver todas as suas dúvidas, porque será que o capitão da selecção francesa estava ali naquele momento?
- Patty, eu quero apresentar-vos uma pessoa… tenho a certeza de que iram gostar e ficar tão surpreendidos como eu.
A sala estava apinhada, alguns sentados outros de pé, preparando-se física e psicologicamente para o grande jogo, até o Benji tinha vindo para o nosso lar.
Todos me olharam com a curiosidade espelhada nos seus olhos, eu disse: Pessoal, este é o Pierre… Pierre Gerard, o capitão da selecção francesa.
Assim que o meu irmão ouviu aquele nome a sua atenção desviou-se de imediato para o belo rapaz de olhos azul-turquesa que estava ao meu lado. Vi também nos olhos do Toby uma estranha familiaridade com aquele nome e também com o rapaz, será que eles já se conheciam?
Ambos estavam decididos a ganhar o jogo, por isso ficámos apenas só pela apresentação, sem apertos de mão ou outro tipo de cumprimentos, a rivalidade governava naquele momento.
Geralmente o meu irmão não era assim, a não ser que tivesse outro motivo, será que ele ficou chateado por eu aparecer acompanhada por um rapaz que nem se quer conhecia? O meu irmão insistia em proteger-me, começava a ficar farta de todas aquelas burocracias de irmã mais nova…

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Finalmente a hora da grande partida tinha chegado, eu dirigi-me ao Pierre assim que ele entrou em campo: Posso ser tua amiga, mas não penses que te vou apoiar… - disse eu com um sorriso enviusado, bastante confiante naquilo que dizia.
Ele esboçou um sorriso e ripostou serenamente sem nenhum vestígio de raiva no seu olhar: Tudo bem, não há problema, mas vou ganhar na mesma.

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O jogo estava muito renhido, nenhuma das equipas tinha marcado, mas subitamente o apito do árbitro soou, assinalando o golo da equipa francesa, marcado pelo ilustre Pierre, Ele passou os seus olhos por todo o estádio tentando encontrar-me no meio de toda aquela euforia e confusão, conseguindo finalmente o que queira, lançou-me um beijo, fazendo um delicado gesto com a mão.
Percebi que o meu irmão não havia ficado nada feliz com aquela atitude. Agora o jogo tinha-se tornado apenas num confronto entre o meu irmão e o Pierre, França contra Japão.
- Ele está a atirar-se à minha irmã – disse ele com a voz cheia de cólera, ele respirou fundo tentando controlar-se a si mesmo e disse para o resto da equipa: Vamos empatar pessoal! Vamos vencer!
- Certo! – Responderam todos soqueando o ar em gesto de vitória e coragem.
Eu não tinha reparado, mas a verdade é que a partir do momento em que os meus olhos se depararam com os do Pierre, o meu coração nunca tivera abrandado um pouco enquanto eu estava ao seu lado, e o meu cérebro não me deixava margem para pensar em qualquer outra coisa senão nele… no rapaz dos olhos serenos e de um azul-turquesa, que brilhavam ao ritmo da luz da lua… Acho que o meu coração tinha sido atingido pela seta mais mortífera de todos os tempos, agora no meu coração a paixão reinava.

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