segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Capitulo Um - Fanfiction por... Lira Wakabayashi


Eu sou a Lira, tenho 15 anos e vivo no Japão. Sou vizinha do Benji, ás vezes consigo espreitar pelos arbustos que cercam a mansão e muitas vezes assisto aos treinos dele. Tenho andado a imitá-lo, e… para já ninguém suspeita que eu o espio.
Sou a número sete da equipa de futebol feminina de Nankatsu, e adoro isso!

Depois de tomar o pequeno almoço, peguei nuns (mini) calções pretos contornados de branco e numa blusa de alça rosa xoque.
Naquela manhã eu ia fazer exercício correndo pelas ruas de Nankatsu.
Virando uma esquina espeto-me contra um rapazinho pequeno com uns onze anos e caí para trás de costas.
Eu: -Não vês por onde andas?!
Oliver: -Desculpa lá! É que eu desafiei o Benji Price! Estou a ir para lá!
Ele estava sorrindo e via-se na cara dele a ansiedade que o preenchia.
Bruce: -Passou-se!
Eu: -Hu-hum…! -Sorri enquanto me levantava.
Eles continuaram a correr e eu fiquei de costas para eles a olhá-los de canto de olho.
“Onde é que eles se irão encontrar?” “Com certeza será na casa do Benji”
Dei meia volta para trás e corri atrás deles.
Virei a esquina do quarteirão e vejo-os mesmo em frente da casa dele e a lançar a bola um contra o outro.
“Foram rápidos a começar”
Encostei-me de braços cruzados ao poste que estava mesmo á minha beira e fiquei assistindo ao espetáculo.
Um excelente rematador contra um guarda-redes imbatível vai dar que falar…!
Patty: -O que se passa com o meu Oliver???
Estremeci ao vê-la empoleirada nos meus ombros por trás de mim assim tão de repente.
Eu: -Acalma-te e aprecia a cena.
Ela correu disparada para a beira do Oliver e do Bruce.
Eu: -Que treta…
Continuei correndo por outra rua.
_ _ _

Quando estava a passar pelo campo de futebol reparei que eles estavam lá mais alguns rapazes do secundário.
A Patty não se cansava de gritar o nome do Oliver. Enquanto parei, olhei para os dois lados da estrada para atravessar, enquanto desci para a entrada do campo distraída a olhar para o chão… quando olho para a baliza vejo o Oliver a tentar dar com a cabeça na bola para marcar golo e o Benji já lançado no ar para defender.
Eu: -Inacreditável…
Não fui a única a dizer aquilo, todos estavam surpresos com o que estavam a assistir, a “claque” do Oliver estava mais babada do que nunca.
O Oliver tinha conseguido marcar golo, e o Benji tinha-se aleijado quando bateu com a testa contra a baliza.
O Benji levantou-se imediatamente e agarrou o Oliver pelo colarinho e começou a mandar vir com ele.
Foram lá alguns do secundário para o acalmar e deitaram-no de costas ao chão enquanto o Bruce e a Patty abraçavam o Oliver para festejar.
Corri até ao Benji e ajoelhei-me ao lado dele enquanto o ajudava a levantar.
Benji: -Larga-me! Não preciso de ajuda!
Não gostei nada da atitude dele e sem pensar espetei-lhe um estalo bem sonoro.
Eu: -Cala-te! Não digas parvoíces!
Ele calou-se e cedeu. Coloquei um dos braços dele sobre o meu ombro e ajudei-o a caminhar até minha casa.
_ _ _

Benji: -Para quê ir a tua casa? Leva-me até a minha!
Deixei-me estar calada e continuei a abrir a porta.
Sentei-o no sofá e fui buscar uma toalha.
Limpei-lhe o sangue da testa e fiz-lhe o curativo.
Benji: -Obrigado.
Eu: -De nada.
Sentei-me ao lado dele e liguei a televisão com o comando.
Eu: -Se quiseres podes ficar, ou vais para casa.
Ele continuou quieto e calado no lugar dele.

Créditos: Lira Wakabayashi
Escrita por: Lira Wakabayashi

domingo, 9 de outubro de 2011

Sobre a Sondagem!

Para a resposta "outros" comentem aqui o que acham que deve ser acrescentado ao Blog!


Agradece-mos a vossa colaboração para tornar este Blog o melhor possível, todos os dias!

Obrigado.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

1º parte do capitulo 6 – A Final, Só Começa Agora


 


 

Hoje foi de manhã o jogo de Portugal e Brasil, Portugal ganhou 3-2, á tarde foi o jogo da Inglaterra contra a Holanda e Holanda ganhou 0-4.

Á noite treinamos no duro, a equipa do Japão também, estávamos a treinar juntos e tinha sido ideia dos treinadores. Eu estava sentada no banco quando o Benji foi ter comigo.

Benji: Olá.

Leonor: Olá.

Benji: Olha, eu tenho-te visto muito com o Scheneider e o kaltz.

Leonor: Ok.

Benji: Eles já fizeram alguma coisa de mal?

Leonor: Eles por acaso falaram de ti, dos tempos antigos, das vitórias e que faziam uma grande festa. Fizeram só uma coisa com o Pierre.

Benji: Ahaha pois foi. Eu lembro-me muito bem. O que é que aconteceu com o Pierre?

Contei-lhe o que tinha acontecido, depois tinha acabado o treino fomos cada um para os seus quartos.


 

Era de manhã, o Japão ia jogar contra a Argentina e o Japão ganhou por 4-3, á tarde foi o jogo entre a França e a Holanda e a França ganhou por 2-1.

Á noite, o Karl e eu tínhamos combinado encontrar-nos esta noite. Então sai do hotel por voltas das 20 horas e foi ter com ele no jardim, antes de eu sair o hotel, o meu irmão estava-se a sentir mal e eu não sabia disso, porque sai á pressa. Ia a caminhar, comecei a sentir dores no peito. Era o meu coração e eu estava fraca, mas ao mesmo tempo queria ir tanto ter com ele, porque se calhar era esta a ultima vez que nos víamos, porque se perdermos vou ter que voltar para Portugal.

Eu já não via bem o caminho, mas conseguia o ver. Ele foi a correr ter comigo.

Karl: Leonor! Estás bem?

Eu ia no momento de fechar os olhos.

Karl: Leonor! Leonor!

Já tinha fechado os olhos.

Karl: O que se está a passar? Será que é alguma coisa com o coração? Vou chamar já a ambulância.


 

O meu irmão, estava a ter a mesma reacção que eu e era a hora do jantar. Ele sentia-se tonto, ele recebeu o tabuleiro com a comida, foi a andar para se sentar, de repente fecha os olhos e cai para o chão – disse-me o David.

O Karl chamou a ambulância e foi comigo.

Ele chegou lá, dá com a presença do meu treinador, a minha equipa e a equipa do Japão e o treinador, também estava lá o Benji.

Benji: Scheneider, estavas com ela, não estavas?

Karl: Price, sim estava. Como é que sabes?

Benji: Já vos vi juntos e calculei que ela estivesse contigo.

Karl: E tu? Porque é que estás aqui?

Benji: O David caiu para o lado, penso que ambos tiveram a mesma reacção com o coração.

Karl: Pois, era o que eu pensava.


 

O Oliver tinha os visto a falar e foi ter com o Benji e com o Karl.

Oliver: Oh olá Schneider. Tens algumas notícias Benji?

Karl: Olá Tsubasa.

Benji: Não, mas parece que a irmã também teve essa reacção.


 

Médico: Treinador, pode vir aqui?

Tiago (Treinador): Sim.

Médico: Tenho boas e más notícias.

Tiago: Diga-me por favor.

Médico: Eles os dois estão bons, eles só tiveram uma recaída com o batimento do coração.

Tiago: Que bom.

Médico: Mas eles não podem sair do hospital, tem que ficar esta noite.

Tiago: Ah isso não á problema, mas o David pode jogar?

Médico: O David não pode jogar, o campeonato puxou muito pelo coração e agora tem que estar em repouso. E a irmã também tem que estar aqui, porque ela não está a conseguir respirar bem.

Tiago: Oh! Está bem, eu só quero o melhor para eles.

Médico: Obrigada. Vocês já podem ir para casa, ou seja, hotel.

Tiago: De nada, está bem.


 

O meu Treinador (Tiago) falou com o Fred e foram para o hotel. O médico ficou connosco no quarto e não deixou ninguém entrar.


 

Era de manha e o primeiro jogo era da Alemanha e de Portugal.

Nós acordamos e era 8 horas da manhã e o jogo começa às 10 horas. O médico falou connosco e nem deixou sair do hospital, ele disse que podíamos ver o jogo pela televisão, mas ver pela televisão é uma seca.

Eles estavam a jogar sem o capitão da equipa, praticamente foi o David que marcava os golos todos. O João é bom guarda-redes, mas estou para ver quanto tempo ele se vai aguentar.


 

Bem a Alemanha ganhou-nos 4-0. O meu irmão ficou triste e eu também, tínhamos que ir embora. Á tarde foi o jogo do Japão contra a França e empataram 4-4 e foram a

penaltis e ai o Japão ganhou 5-4.


 

O treinador queria-nos visitar, mas não pode, nós não podíamos entusiasmar se não o nosso batimento cardíaco acelerava e não podia.

A final iria ser disputada pelo Japão e a Alemanha.


 

Às 13 horas vai ser o jogo, eu e o meu irmão tivemos alta e então saímos do hospital e fomos apanhar um autocarro para o estádio, o treinador e a equipa estavam nas bancadas á espera que começasse o jogo.

David: Ainda bem que chegamos a tempo!

Leonor: Pois. Mas o problema é entrar dentro do estádio.

David: Isso não vai ser fácil.

Leonor: Olha ali, uma entrada.

David: Boa, vamos!

Porta-voz do jogo: E Schneider, vai a correr, consegue fintar os adversários e remata! E e… È GOLO!!!! GOOOOOLLOOOOO!!

Adeptos: Schneider!!!! Schneider!! Alemanha!!! Alemanha!!!

Claque: A-LE-MA-NHA!! A-LE-MA-NHA!

Porta-Voz: O Japão acaba de perder a 1-0, será que eles vão conseguir empatar? Será?

Leonor: Bem, mas que gritaria!

David: Ahaha, é assim mesmo que temos de torcer pelas equipas!

Leonor: Sobe, olha para ali!

David: Aonde?

Leonor: ROBERTO!!

Roberto: Oi.

David: O que estás aqui a fazer tio?

Roberto: Venho buscar o Oliver.

Leonor e David: Ham?

Porta-Voz: Tsubasa para Misaki, Misaki a Tsubasa e fazem os passos do "Duo de Ouro" do Japão. Chegam muito perto da baliza. Os dois passam para Landers, Landers remata o seu remate famoso e consegue por a bola dentro da baliza. E é GOLO!!!!!!! GOOOOLOOOO!!

Adeptos: Japão!! Japão! Tsubasa!!! Mizaki!! Landers!!!

Claque: FORÇA JÁ-PÃO!! FOR-ÇA JA-PÃO!!!!

Porta-Voz: Agora estão empatados, mas o que será vai acontecer? Quem vai reagir? Japão ou Alemanha?

Roberto: Sim vim buscar o Oliver para ir comigo para o Brasil.

Porta-Voz: O árbitro apita e acaba a primeira parte.

Leonor: Porque?

Roberto: Vai-se personalizar comigo e vai tentar ser da equipa do FC Brancos.

David: Então nós vamo-nos encontrar no Brasil, porque o pai viaja muito para ai.

domingo, 18 de setembro de 2011

Sorry Girls

Amanhã não vou poder postar o capitulo da New Life ~~ a Rita ainda está a escrever o capítulo, é preciso muita táctica e pensamento para o próximo capítulo por isso ela leva mais tempo, peço-vos que compreendam a situação.



Desculpem por vos incomodar-mos,  as nossas sinceras desculpas
A administração

Rita Canudo
 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Capitulo 5 – A Descoberta Do Meu “Dom”


 

Fui para o hotel e voltei a sair, nem reparei qual era a outra equipa com quem estávamos, mas isso nem me interessava. O que eu queria realmente era encontrar o Karl e o Herman K.. Eu tinha gostado daquele dia que ficamos cheios de frio, mas cá também estava o mesmo.

Fui a andar e de repente …

Karl e Herman: BUUHH!

Leonor: AHAHAAH!! Que susto pá!

Karl e Herman: Ahahaha! Era isso mesmo.

Leonor: Pois, mas não teve graça.

Karl: Desculpa? (Ele tinha feito uma cara tão querida que eu não resisti)

Leonor: Sim desculpo aos dois.

Herman: Vamos ao estádio?

Leonor: Fazer o quê?

Karl: Bora lá!


 

O estádio era enorme e nós tivemos que entrar escondidas, tivemos que correr o caminho e eu não podia estar muito cansada. Fiquei para trás.

Karl: Olha é já ali á frente. Leonor fica aqui para ver se vem alguém.

Ninguém respondeu.

Karl: Leonor! (Virou-se para trás.) Onde estás?

Herman: LEONOR!!!

Karl: Kaltz, mais baixo! Podem nos ouvir.

Herman: Desculpa.

Leonor: Estou aqui! (vinha a minha voz ali no fundo)

Foram correr ter comigo.

Karl: O que é que estás aqui a fazer, no chão?

Leonor: Eu não consigo correr mais.

Herman: Mas temos!

Leonor: Mas eu não!

Karl: Porque? (Ele prepara-se para abaixar, a não sei a fazer o quê)

Leonor: Não Karl! Não!

O Karl pegou-me ao colo e começou correr para ir sentar nas bancadas para ver o treino da Selecção Francesa.

Leonor: Boa!


 

Chegamos lá em cima e sentamos nas bancadas.

Eles estavam a jogar um jogo amigável, quer dizer um treino, com a equipa da Suíça, porque tinha apostado numa coisa, não sei bem o que é.

O Rapaz de cabelos compridos loiros, ia rematar e …

Leonor: Direita!

E entrou na baliza e foi para o lado que eu tinha dito.

Karl: Como é que adivinhaste?

Leonor: Ham…!? Uppss, esqueci-me que estava com alguém ao meu lado. Sei lá.

Herman: Não acredito. Tu já sabias para que lado ia a bola.

Leonor: Não…

Karl: Queres contar?

Leonor: Pode ser. É assim, o meu nome é Leonor Maravilha e sou filha do Nelson Maravilha e sob..

- E sobrinha do Roberto Maravilha, o grande ponta de lança do Brasil. E o teu pai tinha sido o guarda-redes.

Leonor: Sim é. Ham?!

- Olá, sou o Senhor Katagiri da referência do futebol Japonês. E conheço muito bem o Roberto Maravilha e o irmão mais velho.

Herman: O senhor podia falar mais baixo, assim eles nos ouvem e somos descobertos.

S. Katagiri: Está bem. Queres continuar com que estavas a dizer, eu já sei qual é o teu "dom".

Karl e Herman (ficaram com uma cara de parvos): "Um "dom"?"

Leonor: Sim eu continuo. É assim, o meu pai como deixou de jogar futebol devido á doença de coração, que eu e o meu irmão temos também, por isso é que me senti mal á bocado e não conseguia correr mais. Então ele ensinou-me uma coisa desde de muito pequenina, ensinou-me quais são as trajectórias dos remates potentes, novos, enfim, consigo também inventar remates ainda mais fortes. E consigo estar na baliza e defender qualquer remate, como sei a forma da trajectória, sei de uma maneira segura de faze-lo.

S. Katagiri: Assim foi uma maneira de estares sempre a pensar no teu pai e a fazer ele orgulhoso.

Leonor: Sim.

S. Katagiri: Eu vou embora. Adeus.

Leonor: Adeus.


 

Eles os dois tinham ficado de boca aberta e com cara que não tinham percebido nada. Pois foram apanhados despercebidos. Olhavam para mim com um olhar muito estranho, então eu já estava a ficar farta, levantei-me e fui descer as escadas para ir ver o jogo de perto.


 

O estádio estava completamente vazio e os jogadores nem repararam em nós.

Herman: Karl, vamos arranjar confusão.

Karl: Não é melhor não, eles estão a treinar.

Herman: Vá lá, relembra-te dos tempos antigos e das nossas vitórias com o Benji.

Karl: Está bem. O que é que tens em mente?

Leonor: O que é que vocês vão fazer? Querem ser descobertos é?

Herman: Esta equipa têm a mania de serem os maiores, mais vale fazer agora confusão do que aturar eles nos jogos.

Leonor: Ok.

Karl: Ele tem sempre estas ideias, não lhe ligues (disse baixinho para mim). Bora lá Kaltz?

Herman: Sim.

Karl: Leonor, vens?

Leonor: Eu? Logo se vê.

Herman: Ok.


 

Eles foram a correr a descer as escadas, saltaram a barreira e caíram no chão de pé. Vão a correr atrás da bola e a fintar todos os jogadores, chega a vês do rapaz, loiro com o cabelo comprido, de ser fintado. O Karl e o Herman K. passam a bola um a outro, passam também por esse rapaz e chegam á baliza, o Herman K. passa para o Karl e o Karl remata e é golo!

Eu estava a descer as escadas e salto também. Ia a andar a ter com eles.

Leonor: Boa! Marcaram!! Ehehe

Karl e Herman: Sim.

Leonor: Fixe!

- O que é que estão a fazer aqui?

Karl: Nós só viemos fazer um golo, ou dois, ou até três.

Herman: Porquê? Estás com algum problema?

- Alemães convencidos.

Herman: Chamas-te isso a quem, oh Pierre.

Leonor: O rapaz chama-se Pierre, que interessante.

Leonor: Bem podem parar?

Karl: Kaltz, pára.

Pierre: O quê Schneider, precisas que uma miudinha que te proteja? Oh que coitadinho.

Leonor: Odeio este rapaz!

Leonor: Sabes, ele não precisa de 10 jogadores para marcar um golo, chega um colega de equipa para abater logo 11. Ai, desculpa. Eles os dois marcaram á tua equipa.

Karl: Ela defendeu-nos, estou cada vez a gostar mais dela.

Pierre: Adeus!

Leonor: Vai pela sombra! Que o sol queima!


 

Fui para o hotel, porque amanhã vai ser um dia em cheio, e hoje não gostei nada. Aquele convencido do Pierre… Ou menos passei a tarde com o Karl.


 


 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Capítulo 27 – Um Campeonato Inesperado - Fanfiction "A New Life" ©


Passaram-se meses desde aquele dia fatídico da apresentação, a minha irmã já estava bem pronta para recalcar os miolos do Benji, o seu sarcasmo havia voltado mais poderoso do que nunca.
As férias de Natal foram bestiais, sempre com bastante alegria, energia, sorrisos espelhados nos nossos rostos. Partilhámos a felicidade, a gratidão, o amor, o carinho com todos os nossos amigos e sobretudo com a pessoa que mais amava…
Foram duas semanas inesquecíveis, o entusiasmo que estava presente no olhar de cada um, um novo brilho que impregnava o sorriso de todos e fazia o coração bater ao ritmo desses sentimentos, um ritmo cálido que nos aquecia com uma doce chama.
Acho que foi o melhor presente de Natal que me deram… foi poder passar estes dias com os meus amigos, os meus verdadeiros amigos, e também poder passar este Natal junto ao Toby, perdida no seu cálido abraço, que me mantinha segura e quente e onde nada me atingia.
Haviam de ter visto o Oliver com um gorro de Pai Natal de um vermelho carregado e com um pompom branco muito felpudo, tal como todo o gorro. Ele estava em frente à PlayStation 3, agitando os braços, pulando e fazendo tudo, o possível e o imaginário para que conseguisse ganhar aquele jogo de dança, mas ele era mesmo um pé de chumbo, as suas acções era ligeiramente fora do tempo, os seus passos eram desengonçados, houve uma vez que jurei que ele ia cair, mas ele conseguiu equilibrar-se… foi hilariante, e ele próprio se ria das suas palhaçadas, o Oliver era um grande amigo, sempre cheio de energia e com um sorriso estampado no seu rosto que fazia com que todos se sentissem bem.
O Toby cantou como um anjo, a sua voz doce e calma impregnava os meus ouvidos numa delicada melodia, era ele que iluminava todas as minhas noites escuras, era ele que me apoiava em tudo, era ele que me fazia sorrir como jamais havia sorrido… ele era único e era meu.
Foi o Natal mais feliz de sempre…
Entretanto os meses foram passando, a escola ia bastante bem, as aulas tornaram-se interessantes e apelativas, ganhei gosto em estudar outra vez, aliás agora andava mais agarrada aos livros, como o Toby não tinha muito tempo para estar comigo por causa do horário apertado dos treinos, devido ao campeonato nacional que se aproximava e no qual eu esperava ardentemente que a nossa equipa (equipa masculina) vencesse.
Estávamos no Verão, mas os rapazes continuam a esforçar-se imenso nos treinos, o espírito vencedor deles era mesmo forte, a sua coragem ultrapassava todos os limites e o seu empenho era maravilhoso, tínhamos grandes oportunidades de vencer mais uma vez o campeonato.
Eu tenho ajudado o Toby com a escola, por vezes faço-lhe os trabalhos de casa porque compreendo perfeitamente que ele não possuí muito tempo, mesmo assim ele continua a ser um rapaz responsável sempre atento nas aulas, e as notas que ele tem nos exames são sempre bastante altas e pertencem-lhe, são os frutos do seu trabalho árduo.
Eu aproveitava também para apreciar e tentar ajuda-lo a melhorar a sua técnica futebolística, na semana passada estive com ele durante todo o Sábado no campo de futebol a treinar os remates, acho que ele se estava a esforçar demasiado, ele já possuía uma técnica fantástica e um dom notável para o futebol, mas mesmo assim insistia em melhorar cada vez mais.
A equipa feminina também continuava a ter os seus treinos, mas nunca chegavam à brutal intensidade dos treinos da equipa masculina, eles chegavam a casa estafados e não pensavam em fazer outra coisa se não descansar.
Nós (equipa feminina do Nankatsu FC) não tínhamos nenhum jogo agendado, mas já havíamos tido a oportunidade de defrontar equipas bastante boas e fortes, o problema é que o futebol feminino no Japão ainda era muito desvalorizado e algumas das equipas não tinham técnicas e tácticas tão avançadas como a nossa e não contavam com jogadoras tão experientes como as do Nankatsu FC. No torneio entre os colégios, a nossa equipa foi uma surpresa para todos, ninguém estava à espera que a equipa feminina do Nankatsu jogasse tão bem.

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Estávamos precisamente a treinar, obedecendo às ordens da nossa capitã, pois o nosso treinador ainda não tinha chegado.
Demos dez voltas ao campo a correr, sem parar, depois decidimos que devíamos treinar os nossos remates e assim o fizemos. A primeira a rematar era a Sanae, no preciso instante em que ela ergueu a sua perna direita para executar o seu remate, uma voz rouca e grave clamou: Meninas!
Ela parou de súbito quase perdendo o seu equilíbrio. Nós ficámos preocupadas, será que se tinha passado alguma coisa com os rapazes? Será que algum se teria lesionado? Será que o Toby estava bem?! – O meu coração começava a encher-se de receio e dúvidas.
O nosso treinador voltou a chamar por nós, ele parecia estar ansioso, a sua respiração era irregular, bastante irregular, pelos vistos devia ter vindo a correr e parecia que poderia explodir a qualquer momento.
Ao observarmos aqueles olhos alarmados e aquela voz entusiasmada corremos de imediato para perto do nosso treinador Hajime Ueki., formando uma espécie de círculo em torno dele.
Ele inspirou e expirou profundamente, fitou todas nós com um olhar sério, opaco e distante, um olhar gélido, para de seguida esboçar um sorriso e dizer com uma onda de felicidade e entusiasmo a transparecer-lhe na voz: meninas, excelentes notícias. Vocês... Vão participar no campeonato feminino de futebol nacional!
Quando os seus lábios pararam de se mover e quando o meu cérebro e o meu corpo estagnaram para absorver aquela mensagem, eu julguei que não tinha assimilado aquelas palavras correctamente. Fiquei completamente petrificada de espanto.
Um sorriso desmesurado começava a aparecer nos nossos rostos, a alegria era contagiante. Finalmente, íamos conseguir mostrar os nossos dotes para o futebol a todo o país!
Era uma das melhores notícias que havia recebido, já não era sem tempo, esta oportunidade que tínhamos agora á nossa frente de elevar o futebol feminino a outro nível, ia ser bestial; naquele momento eu percebi que todas nós sentíamos e pensávamos o mesmo: vencer o campeonato!
Assim poderíamos viajar em conjunto com a equipa masculina, não teríamos de ficar sem as pessoas que amávamos por tempo indeterminado.

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Estava ansiosa para contar as novidades ao Toby, o meu coração aumentava o seu ritmo cardíaco só de pensar na sua reacção, o seu sorriso estampado no rosto, o brilho incandescente do seu cálido olhar.
Estávamos mesmo a terminar o nosso treino, agora jogávamos, havíamos sido divididas em duas partes equilibradas e em campo confrontávamo-nos com diversos obstáculos; o cansaço era um deles. O meu corpo não aguentava muito mais, não conseguia estabilizar a minha respiração nem o ritmo dos meus batimentos cardíacos. O suor escorria pelo meu rosto em abundantes quantidades; este treino foi o treino mais duro que eu já havia tido em toda a minha vida, mas percebia o porquê de tanto esforço, o campeonato que nos esperava ia ser árduo, iriamos precisar de toda a nossa força e garra para vencer.
A minha visão estava um pouco distorcida mas continuei a jogar, até que o nosso treinador disse finalizando o treino: Por hoje acabou, esforçaram-se todas, estão de parabéns! – Um sorriso percorria o seu rosto e o orgulho impregnava a sua voz.
Assim que a mensagem que o nosso treinador proferiu irrompeu nos meus ouvidos, quase involuntariamente, o terreno empoeirado e bastante rígido foi o meu amparo, precisava de descansar e não tinha forças suficientes para me conseguir mover para o balneário, nem eu nem quase ninguém da nossa equipa.
Agora que estava sentada e sem o meu corpo a executar movimentos rápidos e fortes para rematar ou correr, tentava normalizar a minha respiração que estava exaltada.
Fechei os olhos, a escuridão era agradável, naquele momento apenas ouvia e sentia tudo à minha volta. O vento que acariciava a minha pele era meigo e quente, mesmo com o sol refugiado por de trás das montanhas, fora do alcance de todos, o calor que ele exercera durante todo o dia havia ficado contido na atmosfera.
O ar quente que trespassava a minha pele e os meus cabelos, aconchegava-me numa leve e doce brisa, permitindo que eu me refrescasse um pouco.
No meu rosto permanecia um sorriso, uma sensação de dever cumprido enchia o meu coração de alegria, fazendo com que este batesse mais rápido.
Sabia que os treinos que iria ter daqui para a frente iriam ser ainda mais exigentes, não me podia distrair, iria ser duro, mas unidas íamos conseguir vencer o campeonato.
Um sorriso percorria todo o meu ser, enchendo-me de felicidade e energia para continuar a trabalhar com o mesmo empenho e força com que tinha trabalho até agora, esse sorriso também me fornecia a coragem para ultrapassar todas as barreiras que íamos ter de enfrentar daqui para a frente.
A minha respiração já havia voltado ao normal, por isso agora eu inspirava e expirava normalmente apreciando o precioso ar que cobria os meus pulmões, parecia conseguir ouvir o bater do coração de todas nós, pareciam estar sincronizados com o meu ritmo cardíaco, batiam todos ao mesmo tempo… Era este o sentimento de uma equipa unida? Então era bestial, era como se os nossos corações estivessem sintonizados na mesma frequência de rádio… Era indescritível.
Aquele treino não tinha servido apenas para no pôr em forma, mas sem criar uma ligação entre nós que era indispensável para a nossa equipa.
- Rita… levanta-te, estiveste lindamente – os meus olhos permaneciam fechados e eu já havia recuperado as minhas forças, apesar de ainda sentir o suor espalhado por todo o meu corpo, sentia-me bem, satisfeita e feliz comigo mesma.
Reconheci de imediato a voz que pedia que me levantasse, era a nossa capitã, o motor da nossa equipa; uma boa amiga, sabia que podia contar com ela para o resto da minha vida.
Abri lentamente os meus olhos e pude perceber que ela estendia a sua mão, com um sorriso impresso no seu rosto, para me ajudar a levantar. Dei-lhe a minha mão ainda um pouco fraca mas feliz, impulsionei o meu corpo para cima e ela puxou-me também com a força que ainda lhe restava.
Ergui-me com a sua ajuda e quando encontrei de novo a minha posição de equilíbrio ela desviou a sua mão da minha para colocar, logo de seguida, o seu braço sobre os meus ombros, felicitando-me de novo.
De repente vi todas a caminharem na minha direcção com um sorriso nos lábios, mas o que se tinha passado para todas estarem a olhar para mim e a sorrir? O que é que eu tinha feito de tão especial para isto estar a acontecer?
Estava feliz, mas agora um pouco confusa, atónita, espantada, quase perplexa, eu diria chocada, qual seria o motivo de tanta felicitação? A curiosidade e também a expectativa começavam a preencher o meu corpo.
- Wow, foste fantástica, de todas nós foste a que se esforçou mais neste treino – afirmou a Patrícia com um sorriso também a inundar o seu olhar, e todas as outras concordaram acenando afirmativamente com a cabeça, e com os olhos cintilando. Ficava feliz, mas não me havia apercebido de tal coisa, estava tão concentrada nos nossos corações sincronizados, nos nossos passes bem-sucedidos e remates imparáveis que nem reparei que tinha tido o papel principal neste treino… Mesmo assim, éramos uma equipa, e o esforço de um pertencia a todas.
- Obrigada meninas… mas não se esqueçam, somos uma equipa e no fim a recompensa é de todas – Fiz sinal para que se juntassem todas à minha volta, com os braços apoiados nos ombros das colegas do lado, como se estivéssemos a discutir a táctica que usaríamos ou a estratégia que iriamos utilizar num jogo.
Olhei para a Sanae com uma pergunta no olhar, há muito tempo que esperava ter a oportunidade de dizer algo com todas as minhas forças, com toda a minha alma, todo o meu coração; ela respondeu de seguida com um sorriso e acenando afirmativamente com a cabeça, num movimento rápido de impulsivo.
- Ok, meninas… VAMOS VENCER ESTE CAMPEONATO! – Há bastante tempo que queria proferir aquelas palavras com toda a garra e força na minha voz, mas a capitã é que tinha esse dever, e estava a cumpri-lo lindamente, mas desta vez queria ser eu a proferir o nosso grito de guerra.
- SIM! – responderam todas, com um sorriso espelhado nos olhos, que cintilavam de alegria.
Assim que finalizámos o nosso grito de guerra cujo tinha sido iniciado por mim, os meus ouvidos inundaram-se com um som seco, rápido, ritmado e forte, era o som dos aplausos com que éramos brindadas; dos rapazes que estava, nas bancadas em conjunto com o nosso treinador que estava bastante feliz, orgulhoso e motivado como nós.
Estávamos tão absorvidas na nossa ideia de vencer o campeonato que nem sequer nos apercebíamos das coisas que aconteciam à nossa volta.
Pelos vistos os rapazes já tinham finalizado o seu treino e vieram para assistir ao nosso, não pude evitar, um sorriso quase deslumbrante apareceu no meu rosto ao ouvir a sua voz, e ao sentir o sue olhar cintilante pousado em mim. A felicidade de vê-lo a apoiar-me e o sentimento imenso que ainda permanecia no meu corpo depois daquele treino juntavam-se, levando o meu coração ao mais rápido dos batimentos. Estava tão feliz nem sequer tinha palavras para descrever o que sentia.
Já não via a altura de sentir os seus braços fortes a envolverem-me num doce abraço, os seus lábios cálidos a acariciarem os meus, o seu perfume adocicado, o seu olhar meigo e recheado de brilho cristalino e puro…

© All rights reserved to Rita Silva and Patrícia Brito

Créditos: Rita Misaki
Escrito por: Rita Misaki
História Criada por: Rita Misaki e Patrícia Wakabayashi

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Capitulo 4 – Uma Procura Desesperada


 


 

Passou já duas semanas que não nos víamos, eu não parava de pensar nele, é como se estivesse dentro da minha cabeça há muito tempo.

Também com os jogos não nos encontrávamos com o estádio todo cheio. Já tinha uma saudade enorme.

Hoje de manhã fomos treinar os rapazes foram a correr e eu e o treinador a pé. Eu olho a redor e vejo uma equipa a treinar, não dei atenção, mas depois ouvi um nome.

Estavam a chamar o Karl, parei e fiquei a olhar, reparei que era ele.

- Treinador, eu vou pelo outro lado e passo pelo hotel para ir buscar uma coisa.

Treinador: Está bem, vê lá se não te perdes.

- Ok.

Fui a correr para o hotel, fui buscar o casaco e uns óculos de sol, cheguei ao jardim onde eles estavam a treinar no campo e sentei-me, estava lá muitas pessoas por isso disfarcei-me.


 

Herman: Então Schneider, o que se passa? Estás tão distraído.

Karl: Ah desculpa, é que eu estava á procura de uma coisa.

Herman: Do quê?

Karl: Kaltz, deixa de ser cusco.

Herman: Ahaha ok.

Karl: Mas onde será, é que ela está, eu até pedi ao treinador para treinarmos aqui para ver se a encontro. Mas pelos vistos enganei-me.

Treinador: Acabou o treino por agora, até logo á tarde.

Todos: Certo.

Karl: Aquela menina de olhos verdes claros e cabelo comprido, encaracolado com um tom dourado, onde é que ela estará.


 

Eu nem sei como é que ele não reparou em mim, eu ali estava mesmo frente dele.

Então decidi levantar-me e ir ter com ele, mas por o outro lado. Ia andar um bocadinho distraída.

Parei em frente da estrada das escadas onde ele estava a subir, ele reparou em mim desta vez, parou e ficou a sorrir, eu também fiz o mesmo.

Leonor: Olá.

Karl: Olá.

Ficamos parados a olhar um para o outro

Herman: Ahah, então era dela que estavas á procura?!

Ninguém tinha respondido.

Karl: Estou mesmo a falar sozinho, mas que romântico isto.

Karl: Vamos embora?

Leonor: Sim, pode ser.

Herman: E deixem-me aqui? Sozinho? Abandonado

Karl: Sim

Leonor: Coitado.

Herman: Vês que alguém que se preocupa comigo! Eu vou com vocês.

Karl: Kaltz!

Herman: Ai vou, vou.

Leonor: Ahahaha

Karl: Não te rias.

Leonor: Ok.

Começamos a andar, e na Alemanha já estava a chegar o Outono, porque este campeonato tinha se atrasado 2 meses, paras as esquipas dos países que entraram (para o campeonato) se escolhessem os melhores, como tínhamos frio, e eu o karl chegamos demasiado perto de um do outro para nos aconchegar, nós ficamos um bocadinho envergonhados, mas tinha passado logo.

Herman: Ai que romântico! Estou aqui mesmo a fazer de vela.

O Karl ouvi-o isto, saio de ao pé de mim, chegou ao pé do Herman kaltz e começam a fazer as "brincadeiras parvas" e caíram os dois no chão. E eu ali a rir-me.

Leonor: Então, vocês não podem parar por um bocado?

Karl e Herman: Ai desculpa. Não nos ligues, é que nós somos sempre assim nestas brincadeiras.

Leonor: Humm, está bem.

Sentamo-nos num banco, com tanto frio tivemos que parar.

Leonor: Daqui a algumas semanas vai acabar o campeonato e eu vou ter que me ir embora.

Karl: Será que quando acabar o campeonato ela vai ter que se ir embora? Assim eu não vou jamais a vê-la.

Herman: Vamos embora para França, não é?

Leonor: Sim.

Estava um ambiente calmo e silêncio, só se ouvia nós a respirarmos e o vento a bater nas folhas.

Karl: É esta tarde que partirmos.

Leonor e Herman: Pois.

Leonor: Sabes se vamos partir todos juntos?

Karl e Herman: Não sei.

Leonor: Ok.

Karl, Leonor e Herman: Qu.. Que Fr… Que frio!

Leonor: Acho que é melhor sairmos daqui do banco e começar a andar antes que fiquemos constipados.

Karl: É melhor.

Herman: Sim vamos.

Fomos a andar e eles levaram-me ao hotel e eles os dois foram para casa fazer as malas. Estava a acenar um adeus a eles, que quando choquei contra um rapaz alto e a sair a correr do hotel.

Leonor: Já estou mesmo farta de chocar com toda a gente, parece que sou um alvo que tem que abater.

Benji: Desculpa, não te vi.

Leonor: Pois.

Benji: A sério!

Leonor: Ok.

Oliver: Então Benji? Perdeste-te?

Benji: Não, eu é que me choquei com a menina.

Leonor: Olá Oliver.

Oliver: Olá Leonor.

Benji: Vocês conhecem-se?

Leonor e Oliver: Sim.

Benji: Ok, eu sou o Benji Price. E sou o guarda-redes da equipa do Japão.

Leonor: És? Então não é o Ed? Eu sou a Leonor, não jogo em nenhuma equipa mas sou irmã gémea do David. A equipa de Portugal também está cá neste mesmo hotel, por isso é que eu e o Oliver nos conhecemos.

Oliver: Ela já disse tudo.

Benji: Sim sou, ele também é, mas…

Leonor: Por exemplo, ele é melhor do que tu ou tu és melhor do que ele. Já percebi

Oliver e Benji: Sim, isso.

Leonor: Bem rapazes, eu vou ter com o meu irmão e se calhar vemo-nos no aeroporto ou em França.

Oliver: Adeus Leonor.

Leonor: Adeus.

Benji: Adeus, um prazer em conhecer-te.

Leonor: Igualmente.

Fui buscar o meu irmão e fomos fazer as malas.

Chegamos a França, aconteceu a mesma coisa que foi na Alemanha, paisagens bonitas e nunca tinha visto a Torre Efiel antes.

Simplesmente estou a adorar esta aventura.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Capítulo 26 - A Temerosa Apresentação - Fanficiton "A New Life" ©


O medo e o pânico dos olhares curiosos, desonestos e desconfiados de toda a turma atingiam todos os meus pensamentos e corpo, que estava enregelado, não devido ao frio mas ao bater frenético do meu coração assustado. Não conseguia dizer uma só palavra, tinha petrificado, tentei abstrair-me e concentrar-me no que sabia sobre o sistema cardiorrespiratório…
Tentava lembrar-me das páginas dos livros, dos diapositivos que havíamos preparado, mas algo ou alguma coisa impediam o meu cérebro de funcionar em condições, os meus pensamentos haviam sido bloqueados pelos nervos que atingiam todo o meu corpo.
Um som estridente e repetitivo acordou-me do meu transe, de estado de petrificação em que permanecia; era o toque da campainha, a primeira aula já tinha terminado. Uma espécie de alívio atingiu o meu corpo, ao menos ia poder respirar fundo e esclarecer todas as minhas dúvidas com o Toby antes da temerosa apresentação…
Ainda tínhamos um longo dia de aulas até chegar à última aula, a aula de biologia em que tínhamos de mostrar a todos os nossos colegas aquilo que sabíamos sobre o tema do nosso grupo.
O Toby tentava acalmar-me, fazendo-me carícias no rosto e dizendo no seu tom de voz doce e meigo: vai correr tudo bem, confia em mim – Eu nele confiava era em mim que eu não estava completamente segura – tu sabes tudo sobre o sistema cardiorrespiratório, nós vamos conseguir – dizia ele com um dos seus mais cálidos sorrisos no rosto, Os seus olhos estavam cobertos de brilho, o chocolate destes já se havia derretido de novo, o seu olhar era quente, puro e límpido e era nisso que eu me tentava concentrar, pois só nele é que encontrava a minha paz, a minha alma, o meu coração, a minha calma, a minha segurança… tudo.
Agora o meu coração e os meus lábios concentravam-se apenas no anjo que estava à minha frente, permanecendo com a sua tranquilidade e doçura a envolver tudo ao seu redor…
Estávamos sentados no banco do átrio da escola que era coberto pela sombra de uma sakura caiada de branco, a neve havia pintado tudo com extremo cuidado, pormenor e beleza, o frio não me incomodava, para além de estar a usar roupas quentes e confortáveis tinha também o calor agradável que provinha do doce abraço do Toby.
Aproximei o meu rosto do dele e não hesitei em tocar os seus lábios que ainda permaneciam cálidos, foi um beijo longo, o seu ritmo era lento, enquanto eu redescobria cada lugar, cada recanto da sua boca quente e agradável. A sua língua acolhia a minha numa doce e meiga melodia…

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A hora já tinha chegado, nós já estávamos parados, quase sem respirar em à porta da sala de aula, todos nós esperávamos a professora de Biologia, cuja avaliação era sempre exigente e por vezes (ok quase sempre) influenciável por outros factores, mas também não vou falar sobre isso.
O meu coração estava de novo acelerado, uma barreira transpunha agora a minha garganta, fazendo com que a minha respiração se tornasse irregular e dificultada. Não me conseguia mover de novo, os meus pensamentos bloquearam, mas o toque suave da sua mão na minha foi o remédio certo para que eu saísse daquele estado.
Um som ecoava ao longo do corredor, todos nós ficámos em silêncio ouvindo com atenção o som de alguém a vir na nossa direcção, com uma andar e um ritmo calmo e compassado. Era o som dos sapatos de salto da nossa Professora, uma mulher elegante (na minha opinião, ela usava roupas demasiado justas e curtas…), o seu rosto não tinha nenhuma imperfeição, os seus lábios estavam pintados numa cor vermelho-vivo, uma cor berrante e extremamente apelativa; o seu andar poderia deixar qualquer caidinho de amores, o movimento ondulante dos seus quadris quando ela se movia poderia ser fatal para qualquer um… Mas eu não preocupava, pois sabia que o Toby tinha apenas olhos para mim e nunca iria ceder o seu coração a outro alguém, aliás ele nunca havia demonstrado qualquer tipo de interesse na professora Toshi (nome da Professora).
À medida que se aproximava, a rigidez e a fúria no seu olhar tornavam-se mais visíveis, o que me fez engolir em seco, ao mesmo tempo o meu coração parou por indeterminados segundos enquanto ela me examinava com o seu olhar cortante. Quando o olhar dela se dirigiu ao Toby tornou-se doce e brilhante e ela lançou-lhe um sorriso como se não fizesse ideia de que estava ali presente, a minha fúria e ciúmes desapareceram automaticamente depois do Toby desprezar por completo aquele olhar e aquele sorriso que lhe tinha sido lançado.
Vi a raiva a aumentar no olhar da professora e logo o meu coração respondeu com batimentos frenéticos e temerosos, lá se vai a minha nota a Biologia – pensei eu, aquele olhar tinha sido mortal, eu sufoquei apenas com a minha respiração.
Cada vez mais a adrenalina e o nervosismo me corroíam as minhas veias e impregnava todo o meu corpo.
Assim que entrámos na sala e nos sentámos nos nossos respectivos lugares, a senhora Toshi começou de imediato a fazer a chamada, ficando desde do princípio desconfiada com a inesperada ausência do Benji (eu só disse Benji porque a senhora Toshi só ficou preocupada com a ausência dele, logo a seguir ficou super desconfiada quando viu que a Patrícia também estava a faltar). O Toby e eu justificámos de imediato a falta do Benji e a da minha irmã, a professora pareceu ter achado que era uma justificação plausível e não marcou falta aos dois, mas continuava a fitar-me com o seu olhar mortífero, por cima da armação dos seus óculos.
- Muito bem, vamos começar com a apresentação dos trabalhos então… - ela executou uma pausa na frase olhando em redor, vasculhando tudo e todos com os seus olhos de lince semicerrados para depois dizer a conclusão a que havia chegado: Rita Silva e Toby Misaki, o vosso grupo primeiro.
Ela agitou o seu apontador dando ordem para nos levantarmos. Eu reagi quase instintivamente, pondo-me de pé assim que ela executou aquele movimento rápido e severo.
O Toby olhou para mim, no seu olhar estava um pouco de preocupação, um sorriso único e um brilho incandescente, eu sabia que ele conseguia perceber o que se passava comigo, sabia que ele conseguia sentir o bater frenético do meu coração. Ele sabia o quão nervosa eu estava, foi por isso que me lançou um dos seus mais belos sorriso, angelicais e doces… Tenho de admitir que fiquei mais calma.
Dirigimo-nos os dois para a frente dos nossos colegas.
A sala permanecia mergulhada numa penumbra intensa e um silêncio expectante e ensurdecedor que cobria os meus ouvidos, os meus olhos apenas vislumbravam os olhares curiosos e mortíferos de toda a turma.
O meu cérebro e o meu coração absorviam todos aqueles olhares cheios de espectativa, fazendo com que eu ficasse ainda mais nervosa do que estava. E se me enganasse? Trocasse alguma palavra ou letra? Todos se iriam rir da minha figura…
A luz do retroprojector que estava ligado ao computador embatia com certa intensidade no quadro branco que aguardava com bastante serenidade o nosso trabalho. Aquela luz difusa espalhava-se um pouco por toda a sala, deixando-a num certo tipo de beleza aconchegante.
A cada segundo que passava o meu coração aumentava o seu ritmo, a minha própria respiração sufocava-me, eu não conseguia controlar os meus movimentos, continuava a andar quase como se não tivesse destino. Os batimentos do meu coração abalavam todo o meu corpo, ecoando também na minha cabeça, profundamente; sentia o sangue a passar abruptamente nas veias, sem cessar. Nas minhas costas recaía o olhar cortante da professora, que nos fitava tentando decifrar algum segredo escondido, aquela sensação era horrível e extremamente esgotante… Mas eu não poderia ser tão egoísta ao ponto de abandonar o Toby naquele momento, tinha de ser forte e enfrentar toda a turma e a professora de cabeça erguida.
Estava plenamente consciente do que sabia tudo o que tinha de explicar aos meus colegas sobre o sistema cardiorrespiratório para ter uma boa nota na apresentação.
No meu cérebro tudo se começava a aglomerar em temas, subtemas, explicações e conclusões, tudo, sim eu estava pronta, mas os meus nervos impediam os meus lábios de se moverem e as minhas cordas vocais não produziam nenhum som, agora começava a preocupar-me.
Encarava-mos os nossos colegas com firmeza e com algum receio (da minha parte), o Toby continuava com um sorriso impresso no seu rosto de contornos delicados e perfeitos.
Sim, chegava o momento, a capa do nosso trabalho já havia aparecido no quadro que servia de ecrã gigante para que todos pudessem ver com clareza. O Toby começou por dizer os nossos nomes, o título do trabalho e de seguida fez uma breve introdução daquilo que ia-mos mostrar e explicar.
Ao todo o trabalho possui-a 15 diapositivos, eu e o Toby havia-mos decidido que iria-mos apresentar aquilo onde nós sentia-mos mais confortáveis ao explicar, por isso eu ia ficar com a “constituição do sangue, as funções dos componentes sanguíneos, a grande e a pequena circulação”; de qualquer forma tanto eu como ele possuía-mos a capacidade de nos conseguirmos de complementar um ao outro.
Tinha chegado a altura dos meus lábios e das minhas cordas vocais colaborarem comigo, mas isso não aconteceu em vez disso eu apenas tentava proferir as palavras que me apareciam na mente. A minha respiração ainda não estava normalizada e eu proferi as frases gaguejando, hesitando e por vezes trocando as letras; a minha voz estava trémula, sentia todo o meu corpo a estremecer.
Consegui denotar um sorriso perverso o rosto da professora, ficava feliz por eu estar a arruinar todo o trabalho. Com isso uma parte do meu medo abandonou-me e esse espaço foi ocupado por uma força súbita que me impulsionava a falar com confiança e destreza, sem impedimentos, eu dizia tudo e explicava até ínfimo pormenor aquilo que sabia e que queria partilhar com os meus colegas.
Não sei como o fiz nem como o havia conseguido, mas agora os meus pensamentos e palavras estavam completamente sincronizados e o meu discurso evoluía cada vez mais. Se calhar a vontade de mostrar o que sabia, a vontade de lutar pelo aquilo que me pertencia, lutar por aquele que possuía o meu coração, me tenham feito ganhar coragem e uma força imensa.
Ambos explicavam tudo o que nos era possível, sempre com bastante organização, poder verbal e sempre com um sorriso no rosto…
Estava-mos prestes a terminar eu conseguia denotar no olhar de todos os nossos restantes colegas a permanência do entusiasmo e da alegria de terem descoberto e apreendido novos conhecimentos… Foi fantástico.
No grande final fomos saudados com uma enorme salva de palmas, os sorrisos estavam estampados nos rostos dos nossos colegas; eu também sorria e recebia com todo o meu coração aqueles cálidos aplausos que me aconchegavam a alma e faziam com que um sorriso imenso se espelhasse no meu rosto.

Créditos: Rita Misaki
Escrito por: Rita Misaki
História Criada por: Rita Misaki e Patrícia Wakabayashi 

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