A viagem tinha sido longa e cansativa, o meu coração permanecia apertado, uma dor angustiante brotava do meu peito, tentei fechar os meus olhos para aliviar a minha dor, mas aquele aperto no meu coração continuava presente e a dor aumentava cada vez mais tornando-se insuportável.
Dos meus olhos começavam a brotar aquelas lágrimas dolorosas que me impregnavam todo o corpo de completa tristeza e também culpa. Quando sai do Japão para ir ter com o meu irmão a França, eu e o meu pai estávamos chateados um com outro, foi uma discussão terrível da qual eu não me queria relembrar, as nossas vozes exaltadas e cobertas de raiva, os nossos olhares tomados pela raiva.
Foi horrível e agora eu sentia-me mal, por não ter tido a oportunidade de resolver as coisas com ele, por que é que ele tinha de ir tão de repente, sem aviso… Foi como se em segundos todo o meu Mundo desmorona-se.
Finalmente o avião aterrou no “Narita Airport”, o aeroporto de Tóquio, sabia que iria ter de enfrentar o rosto abalado, sem cor e triste da minha mãe que estava em pleno sofrimento tal como eu, e mesmo não demonstrando o meu irmão também sentia esse sofrimento gélido e doloroso.
Abandonei rapidamente o avião, o meu coração começava a bater de novo freneticamente aumentando a dor que percorria as minhas veias chegando a todos os pontos do meu corpo, cobrindo os meus olhos de lágrimas cortantes que me feriam a pele e o meu coração que batia desnorteado.
Vi a minha mãe serena, com uma expressão fechada e fria no seu rosto pálido e de leves traços, ela parecia tão abalada, tão frágil naquele momento, corri para os seus braços, aconchegando-a num abraço caloroso, afagando a minhas lágrimas junto ao seu corpo petrificado e cansado. A escuridão permanecia nos seus olhos, não havia luz nem brilho no seu olhar, a sua pele das pálpebras estava seca, as lágrimas que os seus olhos haviam expelido em vastas quantidades haviam deixado a sua pele ressequida e sem luz.
Ela não correspondeu de imediato ao meu abraço, apenas alguns segundos depois é que os seus braços me aconchegaram com as forças que ainda lhe restavam.
- Mãe, onde é o funeral? – Perguntei eu quase sem hesitar mas com as lágrimas a inundarem a minha voz.
- Na igreja de Nankatsu – ela respondeu friamente com a voz trémula e num tom baixo, calmo e gélido.
Fomos apenas colocar as minhas coisas em casa para depois seguirmos de imediato para a imponente igreja de Nankatsu.
Quando chegámos e vi aquele monumento a erguer-se á minha frente um calafrio atravessou a minha espinha, sabia que ia ter de enfrentar o rosto sem vida, sem alma, sem luz, translúcido do meu pai que jazia gélido e petrificado no caixão. Custou-me imenso entrar na Igreja, foi uma sensação desagradável, uma sensação de missão falhada, não pude dizer o quanto o amava enquanto o seu coração batia.
A porta da entrada era grande e ornamentada, com contornos delicados impressos na resistente madeira, assim que entrei na igreja apercebi-me de que os jogadores do Furano permaneciam com os seus olhos cheios de lágrimas, postos no rosto pálido e sem vida do meu pai. Ele havia sido treinador deles quando eles ainda eram pequenos, “iniciados”.
Não pude evitar ao vê-lo uma dor enorme trespassou o meu peito, o meu coração foi cortado de novo, uma ferida enorme sangrava no meu interior. Chorei, chorei por tudo o que havia acontecido, por tudo o que tinha passado, pela morte do meu pai, por estar longe do meu príncipe, chorei por tudo o que a vida me tinha reservado, era um futuro assustador…
O funeral acabou rapidamente, eu não suportava mais ver o meu pai naquele estado, ele tinha alguns arranhões na cara, feridas na cabeça, era uma situação insustentável.
Quando o funeral acabou eu fui dar uma volta pelo Japão, redescobrir todos os recantos daquela cidade maravilhosa da qual eu já tinha imensas saudades, os meu olhar apesar de triste e cansado ainda possuía uma réstia de curiosidade por aquele lugar espantoso que era minha terra, Nankatsu…
Já que iria passar este dia no Japão para poder descansar de viagem tão atribulada (para o meu coração) … Decidi ir ver os meus cavalos para descomprimir e para conseguir respirar fundo o ar puro das montanhas que se envolvia com o cheiro do mar salgado que banhava o litoral de Nankatsu, isso aliviava-me, retirava aquela barreira que se havia infiltrado na minha garganta, dificultando a minha respiração tornando-a quase impossível, deixando-me numa angústia tremenda.
Dirigi-me lentamente apreciando e sentindo os últimos raios de sol que me acariciavam gentilmente a pele e o vento que me embalava numa doce melodia. Não resisti quando vi a Saphira, a minha égua que possuía o mesmo nome que a do Benji, fui buscar a sela para a colocar no seu dorso, fiz-lhe umas carícias na sua crina, e montei-a, quase sem hesitações, não foi necessário muito tempo para pensar no que queria fazer.
Não existiam palavras para descrever a sensação de andar a cavalo, ao sabor do vento, o ar puro e ao mesmo tempo húmido por causa da proximidade do mar. Andar a galope desfrutando de cada pedaço daquele caminho por entre uma floresta que mais parecia encantada. O tempo parecia ser interminável, quando montava era como se fosse apenas eu no meu próprio mundo, sem ninguém ou algum problema a interferir. Tanto o meu coração como o da Saphira estavam sincronizados, e batiam ao ritmo dos passos velozes e fortes que a Saphira dava.
Dos meus olhos começavam a brotar aquelas lágrimas dolorosas que me impregnavam todo o corpo de completa tristeza e também culpa. Quando sai do Japão para ir ter com o meu irmão a França, eu e o meu pai estávamos chateados um com outro, foi uma discussão terrível da qual eu não me queria relembrar, as nossas vozes exaltadas e cobertas de raiva, os nossos olhares tomados pela raiva.
Foi horrível e agora eu sentia-me mal, por não ter tido a oportunidade de resolver as coisas com ele, por que é que ele tinha de ir tão de repente, sem aviso… Foi como se em segundos todo o meu Mundo desmorona-se.
Finalmente o avião aterrou no “Narita Airport”, o aeroporto de Tóquio, sabia que iria ter de enfrentar o rosto abalado, sem cor e triste da minha mãe que estava em pleno sofrimento tal como eu, e mesmo não demonstrando o meu irmão também sentia esse sofrimento gélido e doloroso.
Abandonei rapidamente o avião, o meu coração começava a bater de novo freneticamente aumentando a dor que percorria as minhas veias chegando a todos os pontos do meu corpo, cobrindo os meus olhos de lágrimas cortantes que me feriam a pele e o meu coração que batia desnorteado.
Vi a minha mãe serena, com uma expressão fechada e fria no seu rosto pálido e de leves traços, ela parecia tão abalada, tão frágil naquele momento, corri para os seus braços, aconchegando-a num abraço caloroso, afagando a minhas lágrimas junto ao seu corpo petrificado e cansado. A escuridão permanecia nos seus olhos, não havia luz nem brilho no seu olhar, a sua pele das pálpebras estava seca, as lágrimas que os seus olhos haviam expelido em vastas quantidades haviam deixado a sua pele ressequida e sem luz.
Ela não correspondeu de imediato ao meu abraço, apenas alguns segundos depois é que os seus braços me aconchegaram com as forças que ainda lhe restavam.
- Mãe, onde é o funeral? – Perguntei eu quase sem hesitar mas com as lágrimas a inundarem a minha voz.
- Na igreja de Nankatsu – ela respondeu friamente com a voz trémula e num tom baixo, calmo e gélido.
Fomos apenas colocar as minhas coisas em casa para depois seguirmos de imediato para a imponente igreja de Nankatsu.
Quando chegámos e vi aquele monumento a erguer-se á minha frente um calafrio atravessou a minha espinha, sabia que ia ter de enfrentar o rosto sem vida, sem alma, sem luz, translúcido do meu pai que jazia gélido e petrificado no caixão. Custou-me imenso entrar na Igreja, foi uma sensação desagradável, uma sensação de missão falhada, não pude dizer o quanto o amava enquanto o seu coração batia.
A porta da entrada era grande e ornamentada, com contornos delicados impressos na resistente madeira, assim que entrei na igreja apercebi-me de que os jogadores do Furano permaneciam com os seus olhos cheios de lágrimas, postos no rosto pálido e sem vida do meu pai. Ele havia sido treinador deles quando eles ainda eram pequenos, “iniciados”.
Não pude evitar ao vê-lo uma dor enorme trespassou o meu peito, o meu coração foi cortado de novo, uma ferida enorme sangrava no meu interior. Chorei, chorei por tudo o que havia acontecido, por tudo o que tinha passado, pela morte do meu pai, por estar longe do meu príncipe, chorei por tudo o que a vida me tinha reservado, era um futuro assustador…
O funeral acabou rapidamente, eu não suportava mais ver o meu pai naquele estado, ele tinha alguns arranhões na cara, feridas na cabeça, era uma situação insustentável.
Quando o funeral acabou eu fui dar uma volta pelo Japão, redescobrir todos os recantos daquela cidade maravilhosa da qual eu já tinha imensas saudades, os meu olhar apesar de triste e cansado ainda possuía uma réstia de curiosidade por aquele lugar espantoso que era minha terra, Nankatsu…
Já que iria passar este dia no Japão para poder descansar de viagem tão atribulada (para o meu coração) … Decidi ir ver os meus cavalos para descomprimir e para conseguir respirar fundo o ar puro das montanhas que se envolvia com o cheiro do mar salgado que banhava o litoral de Nankatsu, isso aliviava-me, retirava aquela barreira que se havia infiltrado na minha garganta, dificultando a minha respiração tornando-a quase impossível, deixando-me numa angústia tremenda.
Dirigi-me lentamente apreciando e sentindo os últimos raios de sol que me acariciavam gentilmente a pele e o vento que me embalava numa doce melodia. Não resisti quando vi a Saphira, a minha égua que possuía o mesmo nome que a do Benji, fui buscar a sela para a colocar no seu dorso, fiz-lhe umas carícias na sua crina, e montei-a, quase sem hesitações, não foi necessário muito tempo para pensar no que queria fazer.
Não existiam palavras para descrever a sensação de andar a cavalo, ao sabor do vento, o ar puro e ao mesmo tempo húmido por causa da proximidade do mar. Andar a galope desfrutando de cada pedaço daquele caminho por entre uma floresta que mais parecia encantada. O tempo parecia ser interminável, quando montava era como se fosse apenas eu no meu próprio mundo, sem ninguém ou algum problema a interferir. Tanto o meu coração como o da Saphira estavam sincronizados, e batiam ao ritmo dos passos velozes e fortes que a Saphira dava.
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Ninguém fazia ideia que eu compunha e escrevia músicas, nem mesmo o meu irmão, que era a pessoa em quem eu mais confiava, era apenas uma coisa minha, que eu insistia em guardar para mim mesmo, era o meu tesouro escondido, que eu planeava manter escondido por mais tempo, era por isso que sempre que queria ganhar alguma inspiração para escrever as minhas músicas ia para as cavalariças, encher os meus olhos com os belos cavalos que permaneciam nesse lugar, que para mim era quase mágico.
Já havia abandonando o dorso da Saphira que era a minha égua preferida, agora jazia deitada na grama verde fitando o céu que começava a ser pintando pelas estrelas e por uma tonalidade mais escura, a cor da noite… Uma luz um pouco fraca e doce ainda permanecia nesse céu, o Sol havia acabado de se pôr por detrás das montanhas, deixando no ar uma luz um pouco mais fraca e celestial.
Comecei a cantar, foi uma acção involuntária, nem me tinha apercebido, apenas compreendi o que o meu coração me estava a tentar dizer quando este começou a enregelar e bater mais fortemente, a minha voz soltou-se numa melodia:
Um rapaz encontrei,
Nunca vi ninguém assim,
Sinto amor mas não sei
Se tu sentes por mim.
Quero alguém como tu
Desde o noite em que te vi
Sinto amor mas não sei
Se tu sentes por mim.
Virás a minha procura
Moro no teu coração,
Nos meus olhos há ternura
É a luz de uma paixão.
Para que não me esquece da música fui de imediato colocar a Saphira nas cavalariças para voltar para casa, para o meu quarto e poder escrever a música que tinha sido feita em simultâneo com o meu coração e a minha voz…
Fonte da letra: filme "Barbie em A Princesa e a Aldeã"
Créditos: Daniela Pereira
Escrito: Daniela Perareira
Amei!LIndo!Coitadinho do pai,imagino como o Philip e a Daniela(acho que é esse o nome dela,já não me lembro) se sentem!Coitados,tenho tanta pena!
ResponderEliminarFoi mesmo triste, mas escreveste isso com tanta descrição e alma que mereces 5 estrelas!
ResponderEliminarJá agora, comecei um blog há pouco e como vou começar um mangá ando já a avisar para quando publicar não seja trabalho desperdiçado.
O endereço é:
animecity-pt.blogspot.com
e o outro é:
narutoinfinitys.blogspot.com
mt bgd pelas palvras lindas que me disseram, e peço desculpa por ter usado a letra do filme mas axei a letra linda e tmb a axei indicada para a situaçao
ResponderEliminarDaniela adoro a tua fic!
ResponderEliminarTens imaginação! Gosto dessa musica, pk adoro a DYSNEY e BARBIES e etc... são do meu tempo o que se há de fazer??
Adoro-te miúda!
Kisses for everyone <3
Esta linda :D
ResponderEliminarAdoro historias com um bocadinho de drama :)
e suzana esta historia vai ter muito mas muito drama, mas tmb mt imaginaçao e fantasia magia de td um pouco ha mistura. e patty tmb te adoro bue miuda
ResponderEliminaradorei tá linda! :D só é pena o que aconteceu ao pai...mas a vida é assim: há uns que chegam e uns que partem...mas mesmo assim ficou mt gira
ResponderEliminarparabéns tens mt jeito
bgd pelas palavras adriana
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