domingo, 25 de março de 2012

1º parte do capitulo 9 – A Incrível Surpresa

Já passou dois meses e á noite sou eu que já durmo, mas há ainda dois pirralhos acordados a jogar às cartas e a beber água e sumo de laranja. Eu vou de vez enquanto jogar com eles, mas eles jogam todas a noites e depois o Benji acorda tarde e depois vai para os treinos quase a dormir, isso é que mete piada, porque muitas vezes não acerta em uma, tenho que fazer alguma coisa para deixarem de jogarem á noite.
Já era Novembro, o meu irmão adora o Natal, mas ainda não chegou Dezembro. Esta semana vai estar mais frio do que as outras.
Eu, um dia fui a Berlim e passei por uma escola, foi a escola de condução, tive a falar com o senhor que estava lá e no próximo ano já posso tirar a carta.
Quando eu disse que esta semana iria ser fria, então eu tinha razão, iria ser fria, cheia de divertimento e tudo mais.
O Benji, o Karl e o Herman K. fizeram uma grande surpresa!
Bem tudo começou assim, estava a dormir muito bem, depois acordei com um pirralho a saltar em cima de mim e a fazer cócegas.
Leonor: Pirralho sai já daqui!!
David: Não me chames pirralho, olha que é pior!!
Leonor: Sai daqui, minhoca!!
David: Passastes os limites!!
Leonor: Oh lontrinha bebé horrorosa, SAI DAQUI!! Quero dormir!
David: SUPER ATAQUE DE CÓCEGAS!! (grita ele, quase acordar a casa toda. O Benji entra no quarto e mete-se na brincadeira.)
Benji: Também vou participar!
Leonor: Ahaha, parem! Parem!!
David: O Benji veio ajudar! Ehehe
Benji: Pois venho!
Pararam, eu estava debaixo da minha manta e eles debaixo da outra manta, porque eram duas. Nós paramos, porque o Kaltz vinha a subir as escadas, a preparar-se para fazer outro ataque de cócegas.
Herman: Benji! David! Leonor! Onde é que vocês estão? (dizia ele com uma voz matreira e pronto para fazer cócegas)
Herman: Três… Dois… Um… Apanhei-vos!
Ele saltou para cima de nós, como eu estava debaixo de todos eu levei com uma patada do Benji no peito, fiquei imediatamente com falta de ar e eu precisava da minha bomba, eles estavam distraídos a brincarem que eu sai dali e fui a correr para baixo e que eles nem me viram.
Entrei na cozinha, o Karl estava á espera do Herman k. e do Benji, ele viu-me ali aflita a procura de alguma coisa.
Karl: O que estás a fazer?
Leonor: Eu… não….chego…ali! (dizia eu ali a faltar o ar e a gaguejar a indicar onde estava a bomba de ar na prateleira que eu não chegava lá).
Karl: Eu ajude-te. (Foi ter comigo a correr, e pegou na bomba e deu-me). Estás melhor?
Leonor: Sim… (estava com a cara pálida e com a bomba na mão ao pé da boca).
Karl: Anda, vem para a sala.
Ele ajudou-me a ir para a sala, tivemos a falar para ter conversa em dia, o Benji, o David e o Herman K. ainda estavam lá em cima no ataque de cócegas. As minhas conversas entre mim e o Karl tinha sempre sorrisos nas nossas caras, podíamos falar poucas vezes, mas tinha sempre os olhos também focados num no outro.
Karl: … Pois… Olha, sabias que nós temos uma surpresa?
Leonor: Uma surpresa?!
Karl: Ham… Sim… oh bolas disse a ela o que não podia ter dito, agora tenho que a distrair, o Benji vai-me matar.
Leonor: Ok, e posso saber o que é? (eu disse isto e ele abana a cabeça de uma forma de dizer não.) Então é melhor não dizer ao meu irmão, ele vai fazer perguntas. Ahaha
Levantamo-nos e fomos ter com eles lá em cima, estava tudo fechado, janelas portas, e acho que faz parte da surpresa. Estávamos lá em cima e eles finalmente pararam, estavam suados e com os pijamas quase rotos.
Estávamos no quarto com um silêncio e olhamos uns para os outros.
Leonor: Bem, vou abrir a janela. (disse com um ar desconfiada)
Karl, Herman e Benji: Não!!
David: O que se passa?
Leonor: Bem, vamos para baixo acender uma vela?
Karl: Sim.
Benji: Sim, vamos.
Herman: Vamos.
Estavam os três só a repetir as palavras, afinal era mesmo a surpresa. Eu estou tão desejosa por saber, é que eu também sou curiosa como o David, mas queria disfarçar para não parecer mal.
Descemos as escadas e ainda continuava uma escuridão, o David e o Benji estavam de roupão, eu não, tinha-me esquecido lá em cima. O Karl e o Kaltz estavam com uma roupa estranha, estavam com casaco de inverno, mas porque será.
Benji: Bem, isto está tudo fechado por uma razão.
Karl: E que vocês vão ficar muito felizes e espantados!
Herman: Esta é a nossa surpresa. Que é esta semana toda!
O Benji tapou-me os olhos com as mãos, o Herman tampou os olhos do David, fomos andar o Karl abriu a porta e fomos para a rua, sentimos uma corrente de ar muito gelada.
Eles tiraram as mãos e era… estava… um monte de… neve, estava a nevar!
Nós os dois ficamos de boca aberto a ver a neve a cair, porque eu e o David nunca vimos neve, em Setúbal no Inverno nunca nevou, então esta foi a nossa primeira vez.
Benji: Estás a tremer.
Leonor: Não…trouxe...o roupão. (disse eu tremendo de frio)
Karl: Toma o meu casaco para não ficares doente.
Ele deu-me o casaco, o casaco dele estava quente, era comprido que quase chegava aos joelhos, ele ainda tinha outro casaco debaixo deste, por isso deu-me. Sentia-me que estava em casa, sentia-me que já tinha usado uma vez este casaco, mas eu não me lembrava. Ficamos muito tempo a olhar para a neve.
Herman: Bem, vocês só vão ficar a olhar? Ou querem ir desfrutar a neve?
Karl: Leonor, estão nos bolsos umas luvas, que são para ti e para o David.
Leonor: Ok, obrigada pela surpresa.
David: Boa! Eu quero ir para ali!
Fomos as correr para a neve, preparamos bolas para começar atirar, eu acertava em todos, eles também em mim. Fomos para o sítio do jardim, como agora está cheia de neve fizemos um boneco de neve. Eu e o Karl tivemos muito próximos um do outro, mais do que dantes, parecíamos que já tivemos juntos, mas de forma diferente.
Mandamo-nos para o chão fazer anjos, depois de estarmos cansados de fazer anjos paramos e começamos a olhar para o céu, com a neve a cair nas nossas caras, os pedacinhos nas nossas caras, parecia mágico eu estar ali a viver aquele momento. Passamos uma hora ali deitados na conversa e ao mesmo tempo atirar neve para o ar. Eu sentia-me quente com o casaco do Karl, sentia o cheiro dele, o perfume dele que usava neste momento e o seu calor, não havia palavras para descrever aquela sensação com a neve junto de nós.
A Lara chegou com um gorro e luvas, também sabia daquela surpresa, entrou e foi ter connosco deitou-se para o chão junto de mim e do David.
Lara: Desculpem o atraso. (disse com um ar de que perdeu a diversão toda)
David: Não faz mal, só passamos aqui uma hora deitados, depois ainda voltamos á guerra de bolas de neve.
Lara: Ahaha está bem.
Qual ela acabou de dizer isso o meu irmão começou a guerra de bolas, levei muitas e uma na cara, não doeu, estava feliz e nem queria saber da dor, corremos uns atrás dos outros e tudo caímos outra vez no chão de cansaço e ao mesmo tempo riamos.
Ulrich: MÍUDOS! Saiam dai do chão, vão-se lavar e vão-se vestir e tomar o pequeno-almoço, e depois disso vão às compras.
Todos: Aí não! Nós queríamos estar aqui.
Levantamo-nos com umas trombas, não queríamos fazer mais nada e estava muito frio, eu e a Rita fomos vestir-nos e tomar banho, fui primeira e depois foi ela, os rapazes tinham ido comer. Depois trocamos, eles foram se vestir e tomar banho e nós comer.
Estávamos vestidos com gorros e luvas e cachecóis para irmos às compras, fomos a pé. Levamos com uma carga de neve em cima, as nossas faces geladas. Chegamos ao Aldi (o nome do supermercado) e compramos muitas coisas, as empregadas ficaram a olhar
para nós, como éramos tão novos.

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